3ª Reunião Ordinária 2023
Realizada na quarta-feira,18 de fevereiro de 2023 das 18h às 20h, em formato online
Não houve quórum suficiente, mas a reunião foi realizada como um debate, e sem validae legal
Conselheiros presentes:
Representantes do Poder público:
I- Secretaria Municipal de Cultura - SMC
Titular- Antônio Marcos Silva Batista “Guti” - ausente
Suplente - Shirley de Campos Ferreira - ausente
II- Fundação de Arte e Cultura de Ilhabela - FUNDACI
Titular - Antônio Carlos de Freitas Arato - presente
Suplente - Maria Lúcia Aparecida Silva Souza - ausente
III- Secretaria Municipal de Educação - SME
Titular - Lídia Lúcia Sarmento de Lima -ausente
Suplente - Cristina Ferreira Lima - ausente
IV- Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Inclusão Social
Titular - Nanci Peres de Araújo Zanato - ausente
Suplente - Davi Fonseca - ausente
V- Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Turismo
Titular - Luciane Farias Leite - ausente
Suplente - Luiz Gustavo de Oliveira - ausente
Representantes da Sociedade Civil
I - Segmento Artístico/Culturais:
a) titular: Débora Bergamini - ausente
suplente: Rogério Ribeiro de Sá - desligado
b) titular: Tarcísio Edson César -presente
suplente: Alessandra Bidoia Gerdullo - ausente
c) titular/ Presidente: Juliana Borges Pontes - presente
suplente: Marcos de Oliveira Cardial Júnior “Kiko” - presente
d) titular/ Secretaria: Dyulie de Paula - presente
suplente: Adriano Vieira Rolim - ausente
II - Comunidades Tradicionais Caiçaras:
a) titular: Benedita Aparecida Leite Costa - ausente
b) suplente: Felipe Garcia dos Santos - ausente
III - Movimento Negro de Ilhabela - Chapa formada pelo Coletivo Negro ODU e pela AMAI:
a) titular: Luiz Carlos de Jesus Júnior - desligado
b) suplente: Noemi Petarnella - ausente
Pautas:
Atualização regulamentação FUMPCI
Lei do Tombamento
A presidenta Juliana abriu a reunião parabenizando a eleição dos novos conselheiros de cultura, já anunciados, mas ainda não nomeados.
O conselheiro Arato informou que o decreto com a nomeação dos conselheiros do poder público deve sair nos próximos dias.
Sem a presença do secretário ou representantes da Fundaci, não houve atualizações da pauta 1 e a reunião seguiu com a pauta 2.
O arqueólogo e historiador Plácido Cali, colaborador da prefeitura e responsável pela minuta da Lei, fez uma breve apresentação da Minuta da Lei do Patrimônio e respondeu dúvidas. Ele informou que este projeto de Lei já havia sido apresentado no final de 2020 na Câmara e nunca foi votado. Agora, foi reapresentado, com algumas mudanças. A Câmara exigiu que fosse feita uma audiência pública, já realizada. Plácido defendeu que a aprovação desta Lei é urgente, pois muitos imóveis históricos estão em risco de serem derrubados ou descaracterizados, principalmente na Vila.
Pontos que foram retirados da nova versão do projeto de Lei:
Enquanto o Conselho do Patrimônio, que está previsto em lei, não for criado, a Secretaria Municipal da Cultura tem todos os poderes de decidir pelo tombamento e não tombamento.
(A criação do Conselho do Patrimônio segue sendo prevista, porém não foram estabelecidos prazos e um parágrafo único foi acrescentado dando o poder de decisão unicamente à secretaria de cultura enquanto ele não for implementado.)
Criação de um Fundo do Patrimônio para receber recursos advindos de multas e taxas - xxxx
Isenção de IPTU para imóveis tombados - XXXX
A Lei protege não apenas construções, mas também obras de arte e acervos.
O Projeto de Lei prevê três níveis de proteção distintos.
Tina, representante da sociedade civil, trouxe algumas questões que já haviam sido levantadas na audiência. Primeiro, ela reiterou a importância dessa legislação ser aprovada na cidade, mas também pontuou a necessidade de fazer algumas alterações na lei: a necessidade de criar uma comissão técnica dentro da prefeitura para produzir os laudos dos bens tombados; a necessidade de se ter maior participação popular - seja via conselho do patrimônio ou uma comissão permanente dentro do Conselho de Cultura.
Juliana pediu a palavra e também manifestou-se bastante favorável a lei, mas defendeu que a sociedade civil e o conselho se organizem para produzir um documento na Câmara dos Vereadores com sugestões de emendas que aprimorem a minuta atual, uma vez que, depois de sancionada, é difícil fazer alterações na lei.
Ela fez alguns questionamentos a Placido sobre o projeto de Lei, e Placido realizou os seguintes apontamentos:
A comissão técnica permanente que elabora os pareceres deve contemplar profissionais das seguintes áreas: história e arqueologia; arquitetura; patrimônio; sociologia, antropologia e ciências humanas, incluindo pessoas de notório saber;
A criação do Fundo do Patrimônio foi barrada pelo Jurídico da Camara, que segundo Plácido, informou que a Constituição Estadual não permite a criação de novos fundos municipais
A isenção do IPTU foi barrada pelo jurídico da prefeitura e, portanto, foi retirada da minuta atual;
É que o Conselho do Patrimônio continua na lei, não foi retirado. Só que antes todas as decisões passariam pelo conselho. Agora a secretaria pode tomar as decisões sozinha enquanto o conselho não é criado (ART 55, parágrafo único)
Tina argumentou que não é constitucional decidir sobre o patrimônio sem a participação popular e insistiu que a criação do Conselho ou de uma Comissão dentro do Conselho de Cultura ou do Plano diretor tem que ser solicitada pela Câmara, se não a lei não será aprovada. Tina, disse, ainda, que o FUMPCI pode receber verbas de Patrimônio e esta pode ser uma possibilidade.
Os conselheiros e convidados presentes decidiram de forma unânime que a sociedade civil organizada deve produzir um documento com sugestões de alteração na minuta e apresentá-la a Câmara com urgência.
Como a reunião estava sem quórum mínimo, Juliana sugeriu que fosse marcada uma reunião extraordinária para debater de maneira mais aprofundada a Lei do Patrimônio e definir se o Conselho apoiaria este documento com sugestões de mudanças no PL. Os demais conselheiros presentes aprovaram a convocação da extraordinária. A data ficaria a ser definida nos próximos dias.
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