O II Fórum de Políticas Culturais de Ilhabela foi promovido nos últimos dias 24 e 25 de maio, pela Prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura e da Fundaci (Fundação Arte e Cultura de Ilhabela), e o Conselho Municipal de Políticas Culturais de Ilhabela (o Compci), no Galpão das Artes, na Cocaia. No primeiro dia, o encontro foi aberto com a tradicional dança caiçara do “tira o chapéu” com os alunos do 4º e 5º ano da Escola Municipal “Prefeito Leonardo Reale”, coordenados pelo professor Adriano Leite.Além de artistas, educadores, gestores, produtores e agentes culturais, prestigiaram a abertura oficial do evento o vice-prefeito de Ilhabela, Nuno Gallo, os vereadores Rogério Ribeiro de Sá (Professor Catolé-PV) e Valdir Veríssimo (PPS); o secretário Executivo da Fundaci, Emiliano Bernardo (Pingo), diretor do Grupo Abaçaí Cultura e Arte, Toninho Macedo, e a representante regional em São Paulo do Ministério da Cultura, Idelene do Amaral. Uma mesa redonda foi formada por Oswaldo Julião, contabilista e consultor do Instituto Ilhabela Sustentável, a secretária de Cultura de Ilhabela, Simone Di Fonzo, e a presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Ilhabela, Tina Bruncek e o consultor da Unesco no Ministério da Cultura Frederico Roth.
Retrospectiva – A primeira Conferência Municipal de Cultura, em 2010, estabeleceu diretrizes que foram encaminhadas às conferências estadual e nacional, numa rede que conduziu à elaboração do Plano Nacional de Cultura. Mas a conferência também estabeleceu diretrizes para a cultura local, resultando no Conselho Municipal de Políticas Culturais e no Fundo Municipal de Políticas Culturais. Dois anos foram necessários para todo o processo, de um lado a formação de uma teia nacional de discussões, por outro a efetivação de nosso conselho.A principal meta do conselho neste ano é a criação do Plano Municipal de Cultura e para que ele seja elaborado com propriedade é necessário entender o Sistema Nacional de Cultura. Sobre o assunto discorreu o consultor da Unesco no Ministério da Cultura Frederico Roth.A comissão organizadora do fórum convidou para a mesa redonda o contabilista e consultor do Instituto Ilhabela Sustentável, Oswaldo Julião, para falar sobre as leis orçamentárias e mecanismos de captação de recursos. Já a secretária de Cultura, Simone Di Fonzo, mostrou um painel geral das atividades, as parcerias e as futuras ações do setor. Após as exposições de cada um deles, houve um espaço para perguntas do público presente.
Os grupos analisaram o diagnóstico e apresentaram suas propostas para todos os temas no segundo dia de fórum, que também contou com a visita do prefeito Toninho Colucci, que elogiou o grande envolvimento da população. “A abertura foi proporcionada à sociedade que se manteve ativa, exigindo a formação do Conselho de Cultura cujos membros se empenharam muito para chegar até aqui. A cultura é o bem mais precioso de um povo e este fórum está sendo a oportunidade dos agentes culturais locas opinarem na dinâmica do planejamento do setor. Nossos parabéns a estes integrantes do conselho”, comentou. A vereadora Nanci Zanato (PPS) também participou das discussões dos grupos na segunda noite do evento, que também contou com uma hilariante esquete teatral caiçara com Adriano Leite, Yuri Pimentel e Adriana Lira.“A moldura” - Também na sexta-feira, o fórum levou uma aplaudida palestra de Toninho Macedo - pesquisador, folclorista e diretor do Grupo Abaçaí Cultura e Arte, órgão ligado à Secretaria de Cultura do Estado. Segundo o palestrante, não há como falar sobre cultura em Ilhabela sem considerar profundamente a sua “moldura”.“Não há como desvincular as expressões artísticas e manifestações populares sem estabelecer a relação com o Parque Estadual de Ilhabela que cobre grande parte de seu território com Mata Atlântica, o mar, a vizinha São Sebastião e enfim o contexto da região do Litoral Norte”, explicou Macedo.